Um lugar para chamar de seu…
Quando pensamos em bem-estar físico e emocional no espaço doméstico é inevitável que pensemos em conforto, privacidade, segurança e prazer estético. A casa é, com certeza, o lugar no qual podemos vivenciar nossa singularidade da

Quando pensamos em bem-estar físico e emocional no espaço doméstico é inevitável que pensemos em conforto, privacidade, segurança e prazer estético. A casa é, com certeza, o lugar no qual podemos vivenciar nossa singularidade da forma mais autêntica possível. Sem nos exigir o cumprimento de normas e regras sociais pré-definidas por terceiros – como ocorre no trabalho, na escola e em todos os espaços públicos – a casa nos oferece um território particular, onde o nosso desejo reina. Mesmo quando compartilhamos a moradia com outras pessoas, familiares ou não, há na casa uma fronteira muito clara entre o meu espaço e o do outro, e essa fronteira é o quarto. O quarto é, por excelência, o território privado no qual é possível levar às últimas consequências nossa visão particular do mundo, nossa individualidade.
Por Angelita
Ser um indivíduo, distinto do grupo, é poder expressar o que pensamos e sentimos intimamente. No quarto, na proteção da alcova, é possível construir esse nicho espacial no qual nos reconhecemos e a nossos desejos sem nos preocuparmos com os julgamentos alheios. Em função disso, o quarto também é nossa fonte “geográfica” de energia, o lugar no qual nos recuperamos dos desgastes diários, sejam estes emocionais ou físicos. Nesse espaço sagrado nos desconectamos das obrigações diárias e entramos em contato com o mundo imaginário da mente inconsciente e dos sonhos. No sono repomos parte significativa dos recursos energéticos necessários para a manutenção da saúde física e emocional. Similarmente, e ainda em sua função recuperadora, o quarto é o reduto do delírio, da imaginação e do prazer, no qual nos permitimos realizar nossas fantasias mais íntimas e inconfessáveis. Nessa intimidade, solitária ou a dois, reorganizamos a direção e o emprego das emoções e dos pensamentos que nutrimos.
Nossos pensamentos e emoções, portanto, emergem e se transformam nessa fronteira pessoal que é o quarto, repondo nossas energias e nutrindo o que entendemos como sendo nossa identidade. Nesse sentido o quarto ideal precisa oferecer condições para que o corpo e a mente se reabasteçam: descansando, relaxando, imaginando, pensando, sentindo, fruindo com prazer sensorial e sensação de privacidade.
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