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Uma casa de valor!

Nem todo mundo pode arcar com os custos de uma casa sem preocupações. A maioria de nós vive com orçamentos apertados e, quase sempre, precisamos pensar mais de uma vez para decidir se devemos ou

Nem todo mundo pode arcar com os custos de uma casa sem preocupações. A maioria de nós vive com orçamentos apertados e, quase sempre, precisamos pensar mais de uma vez para decidir se devemos ou não fazer um investimento no espaço em que vivemos. Apesar disso, é comum sonharmos com uma casa bem decorada, bonita e agradável. O problema é que tendemos a pensar que isso só é possível se dispormos de grandes quantias de dinheiro. Mas, quando decidimos investir em um projeto para o lugar que habitamos, até que ponto estamos investindo nossos recursos em algo cujo resultado será a casa dos nossos sonhos?

Por Angelita

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Quando colocamos nosso suado dinheirinho em um projeto para a casa em que vivemos, colocamos bem mais do que valores materiais. Colocamos também nossas expectativas de satisfação e de realização pessoal. Por isso, para que uma casa valha o investimento feito nela, ela tem de se adequar àquilo que realmente é importante para nós. Faça uma reflexão: o que é realmente importante para você viver no dia a dia. Pense! Você precisa mesmo de uma TV gigantesca na sua sala? E de outra nem tão gigantesca no quarto? Ou você só quer ter uma porque “todo mundo tem?” Será que o seu programa predileto fica tão melhor assim na tela imensa? Você acredita que morar em um apartamento com varanda é tudo o que você precisa? Você mora em um? Quantas vezes por semana você usa sua varanda? E aquela cozinha gourmet com eletrodomésticos de aço escovado que você tanto deseja. Deseja para quê, para cozinhar – já que você costuma e gosta de cozinhar frequentemente – ou para exibir para as visitas?

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Afinal, o que você usa de verdade do que você tem na sua casa? Ou o quanto você usaria mesmo o que você sonha em ter? Cada coisa que você adquire para a sua casa representa perdas ou ganhos no seu orçamento. Uma aquisição será um ganho se ela for útil para você, se você usufrui-la, se ela fizer diferença real na sua vida. Se uma aquisição não é utilizada, por mais barata que ela seja, ela é cara e representa uma perda. Avaliar gastos requer o entendimento de que os custos da ineficiência, da inutilidade e da acumulação desnecessária são muito altos porque eles geram estresse, descontentamento e minam as possibilidades de satisfação com a vida cotidiana, além de onerar o bolso.

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A casa dos sonhos precisa, antes de tudo, ser a casa na qual você gosta de estar. Para gostar da sua casa você tem que usá-la, tem que vivenciá-la. Se você investe na sua casa, mas não usufrui totalmente do que ela oferece é porque você está investindo errado. Está fazendo escolhas que não te representam e nem ao seu estilo de vida. Se você está fazendo isso, então, seu orçamento vai ser sempre apertado, objetiva e subjetivamente. Objetivamente porque você gasta com o que não precisa, e subjetivamente porque seus investimentos não geram satisfação, não têm significado real para você. Mais uma vez reflita: Qual é a casa que cabe no seu dia a dia? Pode apostar, é muito provável que essa seja a casa que cabe no seu orçamento.

 

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angelita.scardua@gmail.com

Psicóloga, Angelita Scardua tem pesquisado a experiência de felicidade, individual e coletiva, nos últimos 20 anos. Aqui no Hestia, compartilha o que tem descoberto sobre o impacto do ambiente no nosso bem-estar psicológico, tanto em seu caráter simbólico e cultural quanto em seus aspectos neurofisiológicos e comportamentais.

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